segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

to do list

1. chegue na base 15 minutos antes do shift começar
2. dê clock in; get assignment
3. fique insatisfeito com a location do dia
4. vá até a pessoa que cuida do cast deployment system, ou simplesmente cds (essa pessoa é o subbi, um indiano que sempre esquece meu nome: "samantá, rráit?")
5. reclame: "turkey again??"
6. pergunte quais são as outras opções e escolha a menos pior
7. vá até os carrinhos e ache o seu, ou pergunte cadê pros icc's da manhã - benny, uma fofura de mexicano; e luis, que também fala português
8. conte
todos os itens
9. volte lá pra dentro, pegue sua matra e impressora
10. pegue a cash box e conte
todo o dinheiro
11. pegue o maldito livro, carinhosamente apelidado de resource guide
12. verifique se o nextel tem bateria, e ligue para ter certeza
13. equilibre tudo isso e leve pro seu carrinho
sem deixar cair - já me foi dito não tão carinhosamente que uma matra dessa custa 15 mil. dólares.
14. manobre o carrinho tentando não bater em nada, e vá para a location
15. take your time abrindo o seu cart, e diga mil vezes "we're not open yet"
16. sempre que perguntarem quanto tempo falta pra abrir, diga "about 20 minutes"
17. se tiver que pedir alguma coisa da cozinha, peça
18. descubra quem é seu stocker e, mais importante, que nextel ele tá usando
19. comece a trabalhar de verdade
20. atenda guests mal-educados, lembrando de agradecer sempre (isso faz com que eles se sintam constrangidos e acabem agradecendo também)
21. atenda alguns guests simpáticos por dia e dê-se por satisfeito
22. espere que os brasileiros se enrolem completamente no inglês na hora de fazer o pedido e, depois, diga o preço em português
23. quando estiverem acabando as comidas, ligue pra cozinha
24. se acabarem, azar. mas avise pros que estiverem na fila (ou terá que arcar com as conseqüências)
25. ouça algumas reclamações e diga mil vezes "sorry about that"
26. sempre que perguntarem quanto tempo falta pra chegar, diga "about 20 minutes"
27. quando seu breaker chegar, não tenha dó e ligue o foda-se completamente - mesmo que os guests estejam prestes a subir no balcão pra apertar o pescoço da pessoa do caixa
28. coma aquela comida que você fez pra semana inteira, ou (se tiver dinheiro) coma no subway da cafeteria
29. vá ao banheiro - nunca se sabe quando haverá outra chance
30. volte de 5 a 10 minutos atrasado na maior cara de pau, e não se esqueça de agradecer o breaker.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

semana de treinamento. 22-29 de novembro

22/11. café-com-leite
descobri que a laura ia trabalhar na mesma função que eu. o 'treinamento' foi nada mais nada menos do que uma caminhadinha pelo parque e umas aulinhas nos computadores do trailer 298 (?).
também peguei as costumes que são assim, um chuá ;p
quando tiver coragem, postarei fotos (que aliás ainda não tive coragem de tirar).

bizarrice do dia: john, nosso treinador, vira pra gente e diz que sabe falar português. fala aí, e ele manda um "você está despedido". show.


23/11. primeiro dia
mesmo
trabalhamos no promenade (o maior 'cart' do epcot) das 10 às 17. conhecemos nosso querido co-worker fernando, de goiânia; e quem nos treinou foi a holly, uma americana aí que tem tipo, a minha idade. nesse dia aprendemos a abrir um cart e a mexer no caixa, tudo na marra. mas até aí, tudo bem. o pior ainda estava por vir.

nota: quando cheguei em casa, encontrei a fernanda, nossa nova roommate. :)


24/11. segundo dia
from hell
pra começar bem, cheguei 17 minutos atrasada. trabalhei no promenade de novo, e dessa vez das 14 (bom.. 14:17) até as
dez e quarenta e dois. ;p
nosso treinador era um americano pirado chamado michael, que fazia o lixo de cesta de basquete. beleza.
a coisa começou a esquentar umas seis e meia, sete horas, que é quando o povo começa a se acomodar pra ver o illuminations (que por sua vez ocorre às nove da noite todo dia). e o que eles ficam fazendo nessas duas horas, além de guardar um lugarzinho pra ver os fogos? comem, claro. formou-se então uma fila que não acabava mais de guests indóceis, e eu no caixa, tendo que lidar com eles. maravilha.
quando o michael finalmente fechou a janelinha e eu pensei que eu tava livre daquilo.. vamos fechar o promenade (leia-se: limpar a máquina de sorvete, de pipoca, jogar tudo quanto é comida ready-to-eat no lixo, guardar tudo no estoque, etc etc etc).
quando cheguei em casa achei que fosse morrer.
all star não serve pra ficar em pé durante oito horas, fica a dica.

fato super interessante do dia: aprendi a colocar sorvete na casquinha. o/


25/11. call sick, começando bem
não acordei com o despertador, resultado: chegaria lá 40 minutos atrasada. daí tive a idéia brilhante de não ir e ligar dizendo que tava doente, assim não levava bronca o/
não lembro o que fiz no resto do meu dia, mas provavelmente dormi. muito.


26/11. jantar de thanksgiving, ou farofada americana
uma tenda enorme tinha sido montada no estacionamento perto da piscina, e do lado dela formou-se uma fila maior ainda de gente querendo comida de graça. vai aí uma foto.



americano é organizado até no pão-durismo: na entrada da tenda a gente levava um carimbinho na mão pra não comer de novo.
pra fechar, comemos no chão num frio de doer (e o andré de short e chinelo) mas foi divertido. :}



depois teve uma festa na piscina. tocou até um pseudo-funk, acompanhado de um imenso coro de brasileiros gritando "brasil, brasil". depois disso, festinha no 10201, o que me pareceu ser um apartamento preparado pra hostear altas festas: eles tinham mudado os móveis de lugar de modo que a sala tivesse um espaço livre para uma 'pista de dança', várias luzinhas de natal vermelhas e a luz central apagada, numa mesa o laptop tocando umas musiquinhas. tinha até uma bandeira do brasil esticada na parede.


27/nov. (re)descobrindo o epcot
nesse dia teve a reposição do treinamento que eu perdi dando call sick, o discovery day. na verdade na verdade, esse teria que ter sido o meu primeiro dia de treino, mas como a minha sorte parece não funcionar pra essas coisas, meu treinamento foi todo desorganizado, e eu tratei de desorganizá-lo mais ainda. mas enfim.
me falaram um monte de coisas que eu já sabia, e algumas que eu não sabia, por exemplo: a fachada da torre do terror do hollywood studios foi projetada para se confundir com o pavilhão do marrocos no epcot; quando você tá do lado de cá do lago e olha pra lá, parece que é tudo uma coisa só. além disso, mais videozinhos e me mandaram pra casa.

meia-noite começaria a black friday. estávamos no 10108 meus queridos vizinhos e eu, conversando até as três da manhã, quando resolvemos ir no premium dar uma olhadinha nas promoções.

achados: sapatilha da diesel por 21 dólares; casaco super quentinho que já faz parte de mim (hahah) por 20 dólares; calça jeans da levi's por 25; entre outros.


28/nov. magic kingdom com o gabes
acordamos a hora que deu e fomos pra lá sacanear o joão, que encontramos empurrando um latão de gelo no casey's corner, um dos restaurantes de quick service mais movimentados da main street, se não o mais.
demos a volta toda no parque e deu pra ver quase tudo (que vale a pena) em uma tarde. encontramos umas amigas paulistas do gabe que eu não sei o nome lá na space mountain, e vimos o wishes todos juntos.


29/nov. future world nut cart, ou simplesmente: fut nut
trabalhei nesse carrinho aí, que tem as sugar cinnamon glazed pecans and almonds. pelo menos não se fica com cheiro de pipoca e cachorro quente. quem treinou a gente (laura e eu) foi a helen, uma senhorinha que ficava mandando a gente falar em inglês, por favor. ela tinha um tique no olho esquerdo. hahaha.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

quinta e sexta. 20/21 de novembro

quinta.
a segunda palestra também foi sobre dos and don'ts, mas dessa vez enfatizando os don'ts que nos levariam a ser terminated. entre eles: beber sendo menor de 21, matar alguém, tentar se matar, usar drogas, etc etc.
passando para a parte menos mórbida do dia, mas não menos emocionante: fui até o vista de novo pra descobrir qual seria a minha work location. toda nervosinha, recebi meu papel que dizia ecpot - outdoor foods. logo de cara não gostei muito. "bom, pelo menos não foi o animal kingdom", pensei. a menina que veio atrás de mim na fila estava em prantos por ter caído lá.

sexta.
dia do famoso traditions. obviamente me atrasei. quer dizer, quase me atrasei. o que ocorreu foi o seguinte: a laura conseguiu se mudar pro apartamento de umas amigas dela, que pelo visto tinha uma cama vazia. daí eles disseram que seria preciso trocar a fechadura por razões de segurança. ok. de manhã veio um cara aqui e trocou. eu teria que ir até o front desk pra trocar a minha chave pela nova. a questão é que a luiza e a isabela tinham traditions de manhã cedo, e eu só à tarde. daí elas me pediram pra que eu trocasse as chaves delas também.
até aí tudo bem. mas cadê que eu tinha tempo pra isso. cheguei no front desk morrendo de salto e roupa social, num calor de quase rio de janeiro. e a mocinha que, digamos, não esbanjava simpatia, me falou que eu não podia trocar a chave delas porque era preciso apresentação da id. falei pra ela que eu não tinha como avisá-las desse pequeno detalhe, "posso deixar aqui pra quando elas chegarem elas, assim, terem como entrar em casa..?"
a resposta, é claro, foi um não. o motivo? "não sei se ainda estarei aqui quando elas chegarem, pode ser que seja outra pessoa". pois bem. custava ter deixado um bilhete?
corre a samanta de salto até o ponto de ônibus e encontra todo mundo com aquela cara de omfg. como eu tenho mais sorte do que juízo, achei meu lugar no ônibus tentando recuperar o fôlego e tomei toda a água do higo. :}
pra completar, quase perdi as chaves das garotas. quem achou no chão foi o alexandre. hahah.

o que é o traditions?
nada mais do que uma aula que dura quatro horas, dividida em três partes: passado, em que um cara do sri lanka (leia-se: custei pra entender o que ele dizia) conta rapidamente a história da disney; presente, fala sobre como funcionam (e como eles querem que funcionem) as coisas hoje; e futuro, isto é, as projeções deles pra que a disney continue indo 'above and beyond'. uhul.

o que o traditions tem de bom?
vídeos engraçados sobre sexual harrassment e uma lavagem cerebral da política de segurança, 'safe d begins with me', que nós carinhosamente apelidamos de 'slave d, begins with me'.
e dois intervalos de dez minutos (ou seja, nada).

o/

primeira quarta-feira. 19 de novembro

saí de casa às nove da manhã num frio de rachar. tinha uma palestra no commons (um condomínio da disney aqui perto onde fica hospedada a galera do representative program, que dura um ano. por razões óbvias, não tem nenhum americano lá) sobre housing que serviu basicamente para estipular todos os dos and don'ts do condomínio e, além disso, uma assinação de papelada sem fim. na saída da palestra, que foi mais ou menos por volta da hora do almoço, eu estava oficialmente sozinha. great. acabei que fui almoçar com a isabela e umas amigas de dela, e de quebra apareci em vídeos delas. quando arranjar, se arranjar, eu posto aqui.
à tarde foi todo mundo pro vista way (outro condomínio, o maior de todos) pegar a housing id. saí com uma cara de quase-sexy. a tarja amarela escrito 'under 21' em letras vermelhas garrafais complementa a obra.

life works in funny ways. já ia entrando no ônibus quando percebi que todo mundo tinha nas mãos uma coisa que eu não tinha: a própria id. voltei correndo pra pegar a minha e perdi aquele ônibus. pois bem, acabei reencontrando o menino que eu conheci quando cheguei aqui (e estava presente na hora do 'susto' que eu tive quando cheguei no meu apartamento), o rodrigo. ele disse que tinha uma galera indo pro mgm, ou hollywood studios, e perguntou se eu queria ir junto. "ah, mas eu vou de chaveirinho teu..?" disse a timidez em pessoa. "relaxa, eu também não conheço ninguém", e fomos.
chegamos lá, e alguém do grupo de sei-lá-quantas pessoas passou uma conversa no cara do guest relations, que acabou sendo super simpático e dizendo que adorava o brasil. resultado: entramos, e ainda ganhamos uns vinte fast-pass. acabou que não usamos nenhum. agora me pergunta cadê eles. enfim. estávamos todos muito felizes, pulando, falando alto e tirando foto. aqui está ela.


(nota-se a minha super participação na foto.)

conheci o alexandre; o joão e a carol, que andavam juntos pra lá e pra cá; a outra carol, que tinha uma sony h10 e eu fiquei perguntando mil coisas sobre. no grupo também estavam a luiza, minha roommate e o amigo dela, diogo, que também estuda comunicação na puc e eu não sabia da existência até o dia do visto. vai entender. o resto das pessoas eu não lembro ou não sei o nome. hahah.
interessante mesmo foi quando descobri que as quedas da torre do terror agora funcionam em random, ou seja, você nunca sabe se é o corpo ou a alma que vai fugir primeiro. apesar do medinho que eu tenho dessas coisas, fui duas vezes.



fui também na rock'n'rollercoaster, onde encontramos um grupo de paulistas entre os quais estava o gabes. a mocinha que organizava a fila pediu pra gente ir escolhendo os pares e, guess what, eu fiquei sem. falei pro ar "alguém quer ser meu par?", e eis que surge o gabriel perguntando se poderia ser ele. que fofo.
o dia terminou com um fantasmic bem gelado. a falta de roupas de frio começava a bater.

domingo, 7 de dezembro de 2008

chegada. 18 de novembro

cheguei em miami esperando encontrar o aeroporto roxinho, como meu pai adora sacanear. mas não encontrei, parece que andaram reformando por lá. pois bem, a minha passagem pela imigração foi tranqüila, se comparada com outras histórias que ouvi por aqui - dos caras mandando as pessoas voltarem pro final da fila três vezes até preencher os documentos direito, e dizendo coisas como "let me do my job" e "you're a mess".
o vôo miami-orlando foi numa lata de sardinha da american airlines com um monte de gente com a blusa igual à minha. ao menos foi rápido.
na hora de pegar as malas (e era óbvio que eu não ia conseguir levar uma mala pesando meia samanta, a bagagem de mão, o travesseiro nada aerodinâmico e o casaco - o aluguel dos carrinhos custava dois dólares se não me engano) quem me ajudou foi o higo. sim, é esse mesmo o nome dele. haha. disse pra ele que iria retribuir o favor, e ainda tou devendo, mas nada que envolva força física, claro.
descobri que ia ficar no patterson court, o condomínio mais novo da disney. tão novo que nós quatro fomos as primeiras a habitar o apartamento 10105. e por nós i mean: isabela, laura, luiza e eu. isabela e laura de bh, luiza do rio de janeiro, comunicação na puc, segundo período - e nunca nos vimos por lá.
logo encontrei o rafael parado no meio da ruazinha do condomínio conversando com alguém, e fomos no publix comprar itens de sobrevivência, já que o ônibus pro wal mart tinha lotado em questão de segundos. depois acabei descobrindo que o rafael e o higo eram roommates.

a primeira coisa que eu fiz quando cheguei?
tomei um susto; eu tentava abrir a porta por fora (que eu só fui descobrir como funcionava por volta de uma semana depois) quando do nada me aparece a isabela e abre a porta, e eu pensando que não tinha ninguém em casa.
depois, claro, entrei na internet. :}

sábado, 6 de dezembro de 2008

indo. 17/18 de novembro

saí da prova de teoria 2 com aquela sensação de "me ferrei". tava chovendo. abri o guarda-chuva e andei até o ponto de ônibus, e parecia que quanto mais eu apertava meu o passo, mais a chuva apertava o dela também. pois bem, chegou uma hora que o guarda-chuva já não tinha mais utilidade: eu estava completamente molhada dos joelhos pra baixo. corri pra pegar um 179 cheio (e nessa pequena maratona, com o guarda-chuva fechado por questões.. aerodinâmicas, por assim dizer); acabei sentando no meu lugar cativo que é no chão, entre a porta e o cobrador.
com a calça jeans e a sapatilha ensopadas e os planos de viajar com elas totalmente arruinados, eu alternava entre pensar em soluções para o pequeno problema e sorrir de orelha a orelha lembrando do que estava por vir: "é hoje."
depois do banho, alguns stresses e muita correria pra fechar a mala (esqueci todas as minhas blusas de manga comprida e moletons), meu pai e eu pegamos um táxi. meu vôo era às 23hrs e ele não queria voltar do aeroporto sozinho de carro a essa hora. logo que descemos com as malas, o cara falou: 'acho que o melhor caminho é pela zona sul, a linha amarela tá toda engarrafada.'
mas meu pai duvidou dele e lá fomos nós pela av. das américas. o que ocorre é que o cara tava certo. o trânsito estava num ponto em que era mais rápido andar a pé. pegamos o retorno ali no lourenço jorge e voltamos por toda a américas de novo. mas no contrafluxo, tudo bem. pegamos o caminho sugerido desde o início e chegamos no galeão em 30-40min.
eu fui fazer o check-in enquanto meu pai foi registrar o laptop. tudo orquestrado. consegui chegar na hora certinha pra pegar o vôo.
"você tem mais sorte do que juízo", ele me disse.
dei aquele sorriso de sempre ao me despedir dele, e sorrisos não me faltavam no momento. entrei no avião de mansinho procurando o meu lugar; quando achei, perguntei pra aeromoça: "é esse mesmo?"
meu pai tinha resolvido usar umas milhagens que tavam sobrando e iam expirar - resultado: viajei de classe executiva pela primeira vez! e dormi no avião pela primeira vez também. haha.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

vontade

há uns meses atrás me inscrevi pra participar do international college program da disney. a contragosto, confesso. trabalhar pra disney? pro capitalismo? pois é.
mas paradoxo é meu nome - estudo pra ser publicitária; se não fosse o capitalismo, morreria de fome. infelizmente não tenho vocação pra profissões 'altruístas' ou 'nobres'. fazer o quê? aproveitar o máximo dele, é claro. e, se eu quero aprender alguma coisa, é melhor que seja direto da fonte.

o que ocorre é que eu não botava fé nesse tal de icp. ou não botava fé em mim mesma, sei lá. daí fui levando.. procrastinando.. como sempre faço com todas as coisas. passei na primeira entrevista, passei na segunda.. quando vi já tava de passagem comprada e tendo que correr atrás dos professores implorando pra me adiantarem as provas.

e aqui estou eu. com muito o que estudar, três trabalhos finais pra fazer e uma vontade de ir pra lá que não tem tamanho. ainda não me vejo como uma cast member. aquele orgulho, aquela coisa toda.. nada disso. não socializo com os outros, tímida demais pra responder os tópicos da comunidade. ontem teve entrevista no consulado, várias pessoas com a blusa igual à minha. distribuí sorrisos, mas em grande parte não fui correspondida.
mas sabe, pouco me importa tudo isso. o que me deixa encucada mesmo é essa vontade.

sempre gostei de viajar. quando era menor, nunca conseguia dormir na noite anterior a uma viagem (e acho que ainda não consigo direito). a ansiedade é grande. mas não como dessa vez. tenho esse pressentimento de que vai ser muito bom, ainda que isso me pareça estranho.

agora é só esperar. que me mandem o passaporte de volta, pela festa de despedida, pelo dia.
e estudar! paciência..